Ambos casados e com filhos, moravam parede-meia e trabalhavam na agricultura como empreiteiros, no cultivo do café, arroz e feijão.
Na expectativa de um futuro melhor entraram para o ramo do comércio, trabalhando como caixeiros viajantes, em uma época em que a área rural era mais povoada que a urbana, como a mercadoria era pouca e o trajeto era feito a pé e os dois revezavam semanalmente no trajeto.
Em pouco tempo montaram uma pequena loja na esquina da Fagion com a 1º de Maio e mais adiante compraram de sócio a o terreno na Avenida Fagion n° 150, onde construiram um prédio e montaram um bazar mais amplo.
No começo do Bazar o espaço era grande e a mercadoria pouca, pela falta de dinheiro dos empreendedores, que como todos os comerciantes de Floraí, tinham que deslocar-se até São Paulo para adquirir suas mercadorias.
Localizado na Avenida, o bazar não poderia ter recebido outro nome : Bazar Avenida, mas ficou mais conhecido como o "Bazar dos Crentes", pelo fato dos proprietários terem se convertido ao protestantismo.
Bazar esse que foi vendido a um outro irmão, Pedro Sanches Lopes, quando João e Antonio terminaram a sociedade, pois Antonio queria mudar-se para um grande centro, enquanto João e a esposa ficaram em Floraí.
Contribuiram para que a Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Floraí tivesse a estrutura que tem hoje, pois quando João se converteu, havia apenas 9 membros, incluindo o presbitero e sua esposa, e a igreja era de madeira e bem precária.
João foi também suplente de vereador em uma época em que não havia salários nem privilégios, foi taxista por 13 anos, profissão que ceifou-lhe a vida em uma tarde chuvosa de 1984 em um acidente automobilistico.
Maria (minha mãe), Catarina M. Sanches e João Sanches Lopes |